quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Economia de energia elétrica

Crise, falta de grana, energia elétrica cara. O que fazer?

       O valor que pagamos pela energia elétrica consumida por cada aparelho depende de da multiplicação de três valores:
- O valor do quilowatt-hora;
- O tempo de uso dos aparelhos;
- A potência dos aparelhos.

       Para pagar menos energia elétrica é necessário reduzir pelo menos um dos três fatores sendo que o primeiro deles é determinado pelo governo e não nos cabe reduzir. Por outro lado é possível reduzir a conta de energia elétrica reduzindo os outros fatores, ou seja, devemos usar por menos tempo e usar aparelhos de menor potência, quando possível.

Rendimento

       Todo equipamento elétrico produz várias formas de energia, algumas úteis, outras inúteis para o objetivo de seu uso. Por exemplo, uma lâmpada tem a função de produzir luz, mas também produz calor, e esse calor nos é inútil.

       Acontece que tudo o que o eletrodoméstico produz é convertido da energia elétrica que ele consome e nós pagamos pela energia elétrica. Assim, pagamos pelo calor produzido pela lâmpada, mesmo não sendo útil para nós. Se a lâmpada não aquecesse ou aquecesse menos, e produzisse a mesma luz, consumiria menos energia elétrica e pagaríamos menos por seu uso. Devemos então procurar comprar lâmpadas que desperdicem menos. Quanto menos desperdício melhor.  No caso das lâmpadas a dica é usar lâmpadas fluorescentes, as chamadas compactas, ou lâmpadas a led, que são ainda melhores que as fluorescentes.

      Os aparelhos eletrodomésticos que desperdiçam menos, ou seja que são mais econômicos, são facilmente identificáveis através de um selo de economia afixado ao aparelho. Ao comprar um eletrodoméstico devemos procurar pelo selo PROCEL, emitido pelo INMETRO. Este selo classifica o eletrodoméstico em função de seu rendimento, ou do quanto ele economiza energia elétrica se comparado aos outros. Os melhores têm o selo A, seguidos pelos de selo B, C , D, E, F e G, sendo então esse último o selo dos que mais desperdiçam. Este selo é encontrado em eletrodomésticos de modo geral, da lâmpada à geladeira. Uma dica importante é que o consumo mostrado nesse selo diz respeito a uma hora de uso diário. Então para se saber quanto o aparelho consumirá deve-se multiplicar o valor informado pelo tempo de uso diário.

       Outra importante dica é concentrar os cuidados de economia nos aparelhos que mais consomem. Um dos vilões do consumo de energia elétrica residencial é o chuveiro elétrico. Deve-se evitar o uso do chuveiro na posição “inverno”, que consome mais energia que a posição “verão”.  Claro que esquenta menos também, mas pode-se compensar isso reduzindo a vazão d’água: menos água resultará em maior temperatura, sem maior gasto de energia elétrica. Naturalmente que banhos mais rápidos também economizam energia se comparados a banhos demorados. Ou seja, banho rápido na posição verão é boa economia, banho longo na posição inverno é prejuízo certo.

Mito

Há um mito em relação à energia elétrica que diz que um aparelho que funciona em 220V é mais econômico que um aparelho de 127V.
O que determina o gasto do aparelho é sua potência e não sua tensão.
Assim um aparelho de 2200W por exemplo gasta a mesma coisa, seja de 220V ou de 127V.
Acontece que para conseguir mesma potência o aparelho de 127V tem corrente 70% maior que o aparelho de 220V, o que exige condutores mais grossos para o aparelho de 127V
, e por verem condutores mais grossos as pessoas concluem erroneamente que o aparelho de 127V consome mais energia elétrica.

Numa próxima postagem abordarei outras dicas para redução da conta de energia elétrica.

Maurício Franco
Professor de eletrotécnica

profranco@gmail.com

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